quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Envelhecimento dos olhos é culpado por problemas de saúde

Pesquisadores analisam a relação entre a quantidade de luz recebida pelos olhos e insônia, perda de memória e depressão
Foto: Getty Images

Envelhecimento dos olhos pode levar à doenças comuns na velhice

Há décadas, os cientistas têm procurado explicar por que certos problemas de saúde se manifestam com a idade, entre eles a perda de memória, uma maior lentidão no tempo de reação, a insônia e até a depressão. Eles têm investigado cuidadosamente alguns suspeitos como o colesterol alto, a obesidade, as doenças do coração e o sedentarismo.

Agora, uma série de pesquisas revelou que tais problemas podem ter uma causa pouco conhecida: o envelhecimento dos olhos.

O gradual amarelamento do cristalino e o estreitamento da pupila que ocorrem com a idade atrapalham o ritmo circadiano do corpo, contribuindo para uma série de problemas de saúde, sugerem esses estudos. Conforme os olhos envelhecem, cada vez menos luz solar penetra o cristalino de modo a alcançar células fundamentais presentes na retina, responsáveis por regular o ritmo circadiano do corpo, o relógio interno.

"Acreditamos que esse efeito é amplo e está apenas começando a ser reconhecido como um problema", disse Patricia Turner, oftalmologista de Leawood, Kansas, que com seu marido, o Martin Mainster, professor de oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Kansas, tem escrito extensivamente sobre os efeitos do envelhecimento sobre a saúde dos olhos.

O relógio humano

Os ritmos circadianos são os processos cíclicos hormonais e fisiológicos que reanimam o corpo pela manhã, de modo a habilitá-lo a enfrentar as demandas do dia e desacelerá-lo à noite, permitindo que o corpo descanse e se recomponha.

Esse relógio interno depende da luz para funcionar adequadamente, e as pesquisas descobriram que as pessoas cujos ritmos circadianos estão fora de sincronia, como as que trabalham por turnos, correm um risco maior de desenvolver uma série de doenças, incluindo a insônia, as doenças cardíacas e o câncer.

"A evolução desenvolveu esse belo mecanismo de cronometragem, mas o relógio não é exatamente perfeito e precisa ser incitado todos os dias", disse David Berson, cujo laboratório na Universidade Brown, em Providence, Rhode Island, estuda a comunicação entre os olhos e o cérebro.

As células fotorreceptoras presentes na retina absorvem a luz solar e transmitem mensagens para uma parte do cérebro conhecida como núcleo supraquiasmático, ou NSQ, que regula o relógio interno. O NSQ adequa o corpo ao ambiente, disparando a liberação do hormônio melatonina durante a noite e do cortisol no período da manhã.

Acredita-se que a melatonina tem muitas funções na promoção da saúde, e pesquisas demonstraram que pessoas com baixa secreção de melatonina, um marcador de NSQ disfuncional, demonstram uma maior incidência de muitas doenças, incluindo câncer, diabetes e doenças cardíacas.

O papel dos olhos na sincronização do ritmo circadiano ficou claro apenas em 2002. Sempre se acreditou que as hastes e os cones bem conhecidos, responsáveis por proporcionar uma visão consciente, eram apenas fotorreceptores do olho. Mas a equipe de Berson descobriu que as células presentes na retina interna, chamadas células ganglionares da retina, também tinham fotorreceptores, e que essas células se comunicavam de modo mais direto com o cérebro.

Acontece que essas células fundamentais são especialmente sensíveis à parte azul do espectro da luz. Entre outras implicações, essa descoberta levantou dúvidas a respeito da nossa exposição a lâmpadas energeticamente eficientes de luz e aparelhos eletrônicos, que emitem luz azul em grande quantidade.

Envelhecimento

Mas a luz azul também é a parte do espectro filtrado pelo envelhecimento do cristalino. Em um estudo publicado na Revista Britânica de Oftalmologia, Mainster e Turner estimam que por volta dos 45 anos de idade, os fotorreceptores de um adulto médio recebem apenas 50% da luz necessária à plena estimulação do sistema circadiano. Por volta dos 55 anos, ela se reduz em até 37%, e por volta dos 75 anos, para apenas 17%.

"Tudo o que afeta a intensidade de luz ou o comprimento de onda pode ter consequências importantes sobre a sincronização do ritmo circadiano, e isso pode ter efeitos sobre todos os tipos de processos fisiológicos", afirmou Berson.

Vários estudos, a maioria proveniente de países europeus, têm mostrado que tais efeitos não são apenas teóricos. Um estudo publicado na revista Gerontologia Experimental comparou a rapidez com que a exposição à luz intensa suprime a melatonina entre mulheres na faixa dos 20 anos e entre mulheres na faixa dos 50 anos. A quantidade de luz azul que suprimiu de modo significativo a melatonina entre as mulheres mais jovens não teve qualquer efeito sobre a melatonina entre as mulheres mais velhas.

"O que essa pesquisa nos mostra é que a mesma quantidade de luz que faz com que uma pessoa jovem se levante pela manhã, se sinta desperta, tenha uma melhor retenção de memória e esteja mais bem disposta não tem efeito sobre pessoas mais velhas", afirmou Turner.

Outro estudo, publicado pela Revista de Ritmos Biológicos, constatou que após a exposição à luz azul, os indivíduos mais jovens tinham intensificado sua atenção, diminuído a sonolência e melhorado a disposição, enquanto que os indivíduos mais velhos não sentiram nenhum desses efeitos.

Pesquisadores suecos estudaram pacientes que foram submetidos a cirurgia de catarata para ter o cristalino opaco removido e receber um implante de lentes intraoculares. Eles descobriram que a incidência de insônia e sonolência diurna foi reduzida de modo significativo após a operação. Outro estudo observou uma melhora na rapidez do tempo de reação após a cirurgia de catarata.

"Acreditamos que mais cedo ou mais tarde ficará claro que a cirurgia de catarata resulta em níveis mais elevados de melatonina, e que as pessoas submetidas a essa operação ficam menos propensas a ter problemas de saúde como câncer e doenças cardíacas", disse Turner.

É por isso que Mainster e Turner questionam uma prática comum na cirurgia de catarata. Cerca de um terço das lentes intraoculares implantadas em todo o mundo bloqueiam a luz azul, com o objetivo de reduzir o risco de degeneração macular, limitando a exposição à luz potencialmente prejudicial.

Mas não há evidências mostrando que as pessoas submetidas a cirurgia de catarata correm maior risco de degeneração macular. E alguns especialistas dizem que os indícios de que o corpo necessita de luz azul estão aumentando.

"É possível usar óculos de sol quando se está em um ambiente iluminado desconfortável. É possível ainda tirar os óculos de sol para que a função circadiana ocorra de modo ideal, mas não é possível tirar os filtros se eles estiverem implantados definitivamente nos olhos", disse Mainster.

Devido a essas alterações na filtragem da luz, Mainster e Turner acreditam que com a idade, as pessoas devem se esforçar para se expor à luz solar ou a uma iluminação artificial intensa quando não tiverem como ficar ao ar livre. Os idosos, em particular, correm riscos, porque passam mais tempo em ambientes fechados.

"Na sociedade moderna, passamos a maior parte do tempo em um ambiente controlado sob luzes artificiais, que são de mil a 10 mil vezes mais escuras que a luz solar e pertencem à parte errada do espectro", disse Turner.

Em seus próprios escritórios, Mainster e Turner instalaram claraboias e lâmpadas fluorescentes adicionais para ajudar a compensar o envelhecimento de seus próprios olhos.

Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/envelhecimento-dos-olhos-e-culpado-por-problemas-de-saude/n1597655851248.html

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Jogos eletrônicos podem melhorar a visão, diz estudo

Pesquisadora analisou pacientes com problemas de catarata nos olhos.
Sessões de videogame atenuaram visão prejudicada, mostrou pesquisa.




















Um programa de 40 horas de videogame ao longo de quatro semanas ajudou a melhorar a visão de pessoas que sofriam com catarata nos dois olhos, segundo estudo feito pela psicóloga Daphne Maurer. Ela falou sobre o assunto na última sexta-feira (17), durante um encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência de Vancouver, no Canadá.

Maurer, que trabalha na Universidade de McMaster, conduziu uma pesquisa sobre como é desenvolvida a visão de pessoas que nascem com cataratas nos dois olhos. “Apesar de essas pessoas terem sua visão ‘corrigida’ por cirurgias e lentes de contato, a pesquisa mostra que elas têm deficiências visuais específicas ao longo de seu desenvolvimento”, diz o comunicado divulgado sobre a apresentação da psicóloga.

Esses problemas podem ser atenuados com sessões de videogame, mostra o estudo. “Depois de jogar um videogame por cerca de 40 horas por quatro semanas, os pacientes começaram a ver melhor estampas pequenas, a direção de pontos em movimento e a identidade de rostos”, disse Maurer. “Essa melhora nos mostra que o cérebro adulto ainda é maleável o suficiente para ser treinado e superar as deficiências.”

O trabalho da psicóloga também abrange os problemas de sinestesia --quando as pessoas misturam e ligam sentidos diferentes, como ouvir uma cor. Os estudos de Maurer mostraram que os bebês já nascem com uma sinestesia, que geralmente se oculta com o desenvolvimento.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/02/jogos-eletronicos-podem-melhorar-visao-diz-estudo.html

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Médico promete transformar olhos castanhos em azuis com uso de laser.





O procedimento dura apenas 20 segundos e os olhos mudam de cor completamente após um mês


Já imaginou poder ter o tão desejado olho azul apenas com um procedimento médico de poucos segundos? Gregg Homer, médico da Califórnia, afirma que isso é possível porque, no fundo, todos têm olhos azuis. "Todo mundo que tem olhos castanhos tem o azul coberto por uma camada de pigmento", explica ele.

O método desenvolvido por ele funciona com um laser que atinge a parte mais clara do olho e da córnea e começa a desfazer o pigmento. O próprio organismo, então, termina o processo. Em entrevista ao Daily News, Homer afirma que o tratamento já foi testado, com sucesso, em 12 voluntários no México.

O procedimento é feito em 20 segundos, com o paciente observando uma tela animada com um dos olhos tapados. Para o processo ser completo, a ação é repetida no outro olho.

Os olhos não ficam azuis na hora. Na primeira semana ficam mais escuros e só depois de um mês é que a mudança completa ocorre, segundo o médico. Uma vez que a pessoa opta por mudar a cor do olho para azul não há mais como voltar atrás.

Aprovação

Só nos Estados Unidos quase três mil pacientes já mostraram interesse em passar pela mudança, mas eles vão precisar de paciência: o médico estima que serão necessários três anos para que o método seja aprovado no país. A cirurgia deverá custar US$ 5.000 (cerca de R$ 8.700).

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina também não aprovou a cirurgia. "O Conselho tem uma câmara técnica que avalia todos os procedimentos, mas esse ainda é experimental, há pouca referência sobre ele na literatura médica", declara o médico Paulo Augusto de Arruda Mello, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Riscos

Ainda que os oftalmologistas não conheçam todas as eventuais complicações ligadas ao procedimento, fala-se em risco de desenvolver glaucoma e catarata.

De acordo com Mello, o procedimento também causa alterações importantes na estrutura da íris. "O laser promove quebra de pigmento, portanto é evidente que isso pode promover um processo inflamatório na região", explica ele.

Fontes: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude
http://www.dailymail.co.uk


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PERGUNTAS SOBRE A CIRURGIA DE MIOPIA
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Cirurgia de Catarata: O Retorno de Uma Boa Visão

Mais de cinqüenta por cento das pessoas com mais de 60 anos sofrem de catarata – um turvamento progressivo do cristalino, que interfere na absorção da luz que chega à retina. Com isto, perde-se na qualidade da visão.

Os portadores de catarata normalmente a explicam como se estivessem olhando através de uma queda de água ou através de uma folha de papel, de forma embaçada ou com a diminuição da visão.

Assim, a leitura fica muito mais difícil e até dirigir um carro pode ser perigoso. Além disso, o portador de catarata pode sentir incômodos com luz forte ou até ver halos de luz.

Segundo estudiosos do assunto, o uso de óculos , em um momento inicial pode até a ajudar, mas com o agravamento da catarata, a visão vai diminuindo gradativamente. Como não existem medicamentos que possam reverter este problema, a única solução é a remoção cirúrgica.

Evolução da Cirurgia

Atualmente a cirurgia de catarata é realizada em ambulatórios e consultórios e pode demorar apenas alguns minutos. Logo após a intervenção os pacientes recebem alta, vão para casa, necessitando apenas de alguns cuidados essenciais e orientação médica.

Fato que mudou completamente, se compararmos com alguns anos atrás, com internações de uma semana ou mais, além de uma série de complicações.

Hoje a cirurgia de remoção da catarata se dá através por meio de uma técnica chamada de facoelmulsificação ou cirurgia de catarata com pequena incisão.

É usada uma anestesia tópica (local) na parte branca do olho (esclera) ou na córnea clara (logo acima da área onde a córnea encontra a esclera). Assim, a catarata é fracionada em partículas microscópicas usando o ultra-som e sendo aspirada pelo olho. Para compensar a remoção do cristalino, implanta-se uma lente intra-ocular.

Com a evolução da oftalmologia, a cirurgia de catarata hoje é muito simples, pois medicamentos como os colírios anestésicos usados na cirurgia evitam desconfortos para portadores do problema, além da própria técnica que evoluiu significativamente.

Assim, as pessoas podem se sentir mais seguras e confiantes no resultado final da cirurgia. Graças à evolução atual nesta área, os resultados são excelentes.

Quanto à recuperação é preciso considerar que as pessoas são fisicamente diferentes, mas uma grande maioria apresenta melhoras quase que imediatas, podendo retornar as atividades em dois ou três dias.

Outras pessoas informam estarem muito melhores do que no período anterior ao surgimento da catarata. Em alguns casos, tempos após a cirurgia, pode ocorrer um embaçamento da membrana que se localiza atrás na pupila, problema este que pode ser resolvido através um de tratamento rápido no próprio consultório médico.

Procure um bom especialista em oftalmologia para fornecer todas as orientações necessárias, antes da decisão final.


http://boasaude.uol.com.br



Links Relacionados:
CONHEÇA MELHOR A CIRURGIA DE CATARATA

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Unesp testa nanodrogas após cirurgia de catarata

FERNANDA BASSETTE
da Folha de S.Paulo

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um tratamento com nanodrogas que poderá substituir o uso de colírios em pacientes submetidos a cirurgia de catarata --opacidade parcial ou total do cristalino e principal causa de cegueira reversível do mundo.

O grupo de pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Hospital de Olhos de Araraquara avaliou a eficácia da nanoterapia em estudo realizado com 168 pacientes --135 receberam a aplicação de nanodrogas e 33 foram tratados da maneira tradicional, usando colírios.

Arte/Folha




Os resultados apontam que nenhum dos pacientes tratados com a nanodroga desenvolveu infecção pós-cirúrgica e que a inflamação regrediu mais rápido do que entre aqueles que receberam o tratamento convencional. Os resultados serão publicados na revista científica "Investigative Ophthalmology & Visual Science".

O trauma cirúrgico sempre provoca uma inflamação nos olhos --daí a necessidade do uso de colírio por pelo menos 30 dias. Além disso, ainda há risco de o paciente desenvolver uma infecção na parte interna do olho (local de difícil acesso às drogas convencionais).

Nas terapias com nanodrogas, o princípio ativo do medicamento fica envolvido por um minúsculo polímero (espécie de cápsula formada por um material biodegradável que envolve o medicamento) e é aplicado diretamente no local.

A tecnologia foi desenvolvida pelo farmacêutico Anselmo Gomes de Oliveira, do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Unesp.

Sem prejudicar a visão do paciente, as cápsulas com o medicamento são injetadas dentro do olho e começam a se degradar e liberar o medicamento cerca de seis horas depois da aplicação. "As nanopartículas eliminam a participação do paciente nessa etapa do tratamento. Os resultados são mais eficazes e há menos efeitos colaterais, já que a terapia é localizada", diz.

No caso do tratamento convencional, os colírios com antibiótico e anti-inflamatório devem ser aplicados de três a quatro vezes por dia, por isso o sucesso do tratamento depende exclusivamente do paciente.

"É muito difícil um paciente seguir à risca um tratamento prolongado. Muitos não compram os colírios, outros aplicam de maneira descontinuada, outros aplicam incorretamente. Tudo isso prejudica a evolução clínica da cirurgia", diz o oftalmologista José Augusto Cardillo, da Unifesp e do hospital de Araraquara.

Para o oftalmologista Newton Kara José Junior, chefe do Setor de Catarata do Hospital das Clínicas de São Paulo, o trabalho dos pesquisadores brasileiros está seguindo uma tendência mundial da oftalmologia moderna, que tem como objetivo desenvolver tratamentos mais seguros e que tragam mais conforto para o paciente.

"A ideia de criar uma técnica que evite que o paciente tenha que usar colírio depois da cirurgia é muito boa. Existem outras pesquisas no mundo com o mesmo objetivo", diz.

Ele ressalta, entretanto, que é preciso avaliar os possíveis efeitos colaterais da nanoterapia durante um período mais longo. "Os colírios podem provocar reações adversas em alguns pacientes. Nesses casos, a terapia é interrompida. Como interromper o tratamento depois que as nanodrogas já foram injetadas?"

Kara José diz que os pesquisadores também precisam avaliar se essa medicação pode ser tóxica para alguma estrutura dos olhos. "A camada interna da córnea, por exemplo, é muito sensível. E só o tempo vai dizer se a terapia é tóxica", diz.

Dois anos

Oliveira afirma que os tratamentos com nanodrogas ainda estão em estudo e, por isso, ainda podem demorar pelo menos dois anos para que sejam disponibilizados para tratamento clínico efetivo.

A nanotecnologia é uma das técnicas mais promissoras para a criação de drogas menos tóxicas e mais eficazes. A tecnologia está sendo estudada no país há pelo menos dez anos. Um dos objetivos dos pesquisadores é tentar diminuir a toxicidade de medicamentos quimioterápicos e antifúngicos.

Fonte:folha Online

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Paciente ganha indenização de R$ 50 mil após cirurgia mal sucedida

Uma senhora deve receber pouco mais de R$ 50 mil de indenização por danos morais da Santa Casa de Santos, em função de uma cirurgia de catarata mal sucedida. A operação, realizada no hospital em janeiro de 1998, prejudicou a dona de casa Elza Garcia dos Santos, que perdeu quase toda a visão do olho direito. Com a decisão da justiça consolidada, o grande problema agora é localizá-la.

“O último contato que tive com ela foi há três anos. Desde então, os telefones não atendem e as correspondências voltaram”, afirma o advogado do caso, Fabrício Posocco.

Como o processo está em fase de execução, o montante deve demorar cerca de seis meses para ser liberado. Só que esse dinheiro pode ser retirado somente pela própria aposentada ou por seus familiares.

A ação corre na justiça há mais de dez anos e tem valor estipulado em R$ 10 mil. Só que, na sentença, ficou estabelecido que a indenização deve ser atualizada monetariamente e acrescida de juros de 0,5% (no período correspondente entre janeiro de 1998 e de 2003) e de 1% ao mês desde então. Os cálculos determinam o valor atual da causa.

A vítima procurou seus direitos após ter a retina perfurada durante a cirurgia. “Ela foi operada por um residente e uma das obrigações, nesse caso, é a presença de um médico responsável”, explica o advogado.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=134468&idDepartamento=5&idCategoria=0


Em um primeiro momento, segundo ele, a ação foi considerara improcedente. “Recorremos e o Tribunal de Justiça reconheceu a culpa da Santa Casa, que não possuía os documentos necessários para provar sua inocência”.

Na sentença, consta que os prontuários de internação, histórico de exames e o resumo do ato cirúrgico apresentados pelo hospital não eram pertinentes à lesão alegada. Eles se referiam à área ginecológica. Além disso, não foram localizadas as informações sobre a avaliação pré-operatória.

O advogado salienta que a Santa Casa já foi intimada e que, até agora, não se manifestou a recurso. Posocco prevê que o problema envolvendo a dona de casa está perto do fim. “Eu não acredito que a instituição deva recorrer, pois o valor estabelecido pode crescer”.

Santa Casa

Em nota, o hospital esclarece que o departamento jurídico irá analisar se cabe recurso em tribunais superiores. De acordo com o advogado da Santa Casa, Agenor Assis Neto, a instituição foi absolvida em primeira instância, pois o laudo pericial não foi conclusivo na apuração do erro.

“Com isso, não se comprovou a relação entre o procedimento cirúrgico de remoção da catarata e o agravamento do problema de visão da paciente”.

Ainda de acordo com Assis Neto, após o recurso da dona de casa junto ao Tribunal de Justiça, competia à instituição mostrar que não houve erro no atendimento. “Diante da fragilidade da prova oferecida, o hospital foi obrigado a assumir a responsabilidade de indenizar o dano imaterial”.