quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dois copos americanos de café por dia protegem contra insuficiência cardíaca

No entanto, estudo afirma que consumo exagerado do líquido - cerca de cinco copos - anula benefício e pode fazer mal à saúde

Foto: Divulgação/Alphacoders
Pesquisadores dos Estados Unidos sugerem que consumo moderado de café reduz risco de insuficiência cardíaca em 11%

Bebedores moderados de café têm risco 11% menor de insuficiência cardíaca. É o que sugere estudo conduzido no Beth Israel Deaconess Medical Center, nos Estados Unidos.

"Nossos resultados mostraram um possível benefício, mas, como com tantas outras coisas que nós consumimos, isso realmente depende da quantidade de café que você bebe", diz a autora do estudo, Elizabeth Mostofsky. Segundo ela, em comparação com ausência de consumo, a proteção mais forte foi entre pessoas que bebiam cerca de suas porções de 236 ml por dia de café, o que equivale a aproximadamente dois copos americanos (250ml)

Dados foram analisados a partir de cinco estudos anteriores - quatro realizado na Suécia e um na Finlândia - que examinaram a associação entre consumo de café e insuficiência cardíaca. Os dados se referem a relatos de 140,220 participantes e envolveu 6.522 eventos de insuficiência cardíaca.

Em resumo da literatura publicada, os autores encontraram uma "relação estatisticamente significativa - J-shaped -" entre o consumo habitual de café e insuficiência cardíaca, na qual os benefícios de proteção começam a aumentar até o consumo aproximado de dois copos americanos por dia (472ml). Resultados apontam que o fator de proteção começa a apresentar queda lenta à medida que o consumo aumenta além dos dois copos diários. O consumo de aproximadamente cinco copos americanos já não está relacionado a nenhuma proteção contra insuficiência cardíaca, podendo levar a prejuízos à saúde.

Não está claro por que o consumo moderado de café fornece proteção contra insuficiência cardíaca, mas os pesquisadores dizem que parte da resposta pode estar na intersecção entre o consumo regular de café e dois dos fatores de risco para insuficiência cardíaca - diabetes e pressão arterial elevada.

"Há uma boa quantidade de pesquisas que mostram que beber café reduz o risco de diabetes tipo 2", diz o autor sênior do estudo Murray Mittleman."É lógico que se você diminuir o risco de diabetes, você também diminuir o risco de insuficiência cardíaca."

Também pode haver um benefício na pressão arterial. Estudos têm mostrado consistentemente que consumo leve de café e cafeína aumenta a pressão arterial. "Mas em que escala moderada do consumo, as pessoas tendem a desenvolver uma tolerância onde beber café não representa um risco e pode até proteger contra a elevação da pressão arterial", diz Mittleman.

Segundo, Mostofsky mais pesquisas são necessárias para identificar mais claramento os efeitos do café sobre a insuficiência cardíaca. "Mas no curto prazo, esses dados podem justificar uma mudança com as diretrizes para refletir que o consumo de café, com moderação, pode proporcionar alguma proteção contra a insuficiência cardíaca", conclui a pesquisadora.

Publicado Quarta-Feira, 27 de Junho de 2012, às 09:57 | Isaude.net
Fonte:http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=208771&codDep=8

Coca-Cola brasileira tem taxa maior de corante cancerígeno, diz estudo

Valor encontrado ainda está abaixo do limite estabelecido pela Anvisa.
Substância é usada no corante caramelo, usado na bebida.


Foto: Divulgação/Coca Cola











Um estudo divulgado nos Estados Unidos pelo Centro de Ciência de Interesse Público (CSPI, na sigla em inglês), nesta terça-feira (26), mostra que as latas do refrigerante Coca-Cola vendidas no Brasil têm a mais alta concentração da substância 4-metil imidazol (4-MI), que, em altas quantidades, poderia levar ao câncer.

País/Quantidade de 4-MI por 355 ml de refrigerante:

Brasil - 267 microgramas
Quênia - 177 microgramas
Canadá - 160 microgramas
Emirados Árabes Unidos - 155 microgramas
México - 147 microgramas
Reino Unido - 145 microgramas
Estados Unidos (Washington) - 144 microgramas
Japão - 72 microgramas
China - 56 microgramas

As latinhas analisadas no país apresentaram 267 mcg (microgramas) de 4-MI por 355 ml de refrigerante. A substância é usada na fabricação do corante caramelo. Pelas normas brasileiras, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seu uso é permitido, "desde que o teor de 4-metil imidazol não exceda no mesmo a 200 mg/kg".
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem apresentou a medida mg, miligrama, em vez de mcg, micrograma, ao se referir às quantias da substância avaliada no estudo. Após alerta de leitores, o erro foi corrigido às 20h59.)

O valor encontrado nas latinhas brasileiras está abaixo do limite da Anvisa, mas é o mais alto entre os países analisados. O Quênia fica em segundo lugar, com 177 mcg de 4-MI por 355 ml, seguido por Canadá (160 mcg), Emirados Árabes Unidos (155 mcg), México (147 mcg), Reino Unido (145 mcg), Estados Unidos (Washington - 144 mcg), Japão (72 mcg) e China (56 mcg).

A pesquisa foi feita pelo mesmo instituto de pesquisas que, em março fez o mesmo alerta para a substância em latinhas de refrigerante encontradas na Califórnia. Depois disso, a Coca-cola alterou sua fórmula e a taxa de 4-Mi local caiu para 4 mcg por 355 ml.
De acordo com a Coca-Cola, a quantidade da substância 4-MI presente no corante caramelo utilizado dos produtos é "absolutamente segura". A empresa afirma que "os índices do ingrediente apontados em amostra brasileira de Coca-Cola pela recente pesquisa do CSPI (Center for Science in the Public Interest) estão dentro dos padrões aprovados pela Anvisa".

A companhia informou que não vai alterar sua fórmula mundialmente conhecida. "Mudanças no processo de fabricação de qualquer um dos ingredientes, como o corante caramelo, não tem potencial para modificar a cor ou o sabor da bebida. Ao longo dos anos já implementamos outras mudanças no processo de fabricação de ingredientes, no entanto, sem alterar nossa fórmula secreta", informou a empresa, via nota.

Ainda segundo a Coca-Cola Brasil, seus produtos são fabricados dentro das normas de segurança e a empresa continuará a seguir orientações de "evidências científicas sólidas".

Toxicologista explica efeito
Em março, o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), explicou ao G1 que a substância se mostrou tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg, que é pouco menos que o dobro do limite legal no Brasil.
O especialista explicou que o órgão mais exposto ao câncer nesses animais foi o pulmão. O fígado também ficou sujeito a diversas alterações, incluindo câncer. Além disso, foram registradas mudanças neurológicas, como convulsões e excitabilidade.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/coca-cola-vendida-no-brasil-teria-maiores-taxas-de-substancia-cancerigena.html